Adrenailh Florianopolis Workshop turismo de aventura

Whorkshop Turismo de Aventura Adrenailha

A Adrenailha desenvolveu um curso voltado para a excelência em Turismo de Aventura. O Curso tem o foco nas competências mínimas do condutor; planejamento das atividades, gestão de seguranças, qualidade no atendimento, educação ambiental, normas técnicas do Turismo de Aventura, diagnóstico do mercado entre outros assuntos relevantes para a realização das atividades de Turismo de Aventura de maneira satisfatória e segura.

Adrenailha Florianopolis Workshop Turismo

Datas: 11,12,13 de Outubro de 2008

Público alvo: Estudantes de universidades, profissionais da área que queiram aprimorar ou revisar suas técnicas, entre outras pessoas que se interessem pelo tema.

Local: Pousada Pura Vida – Sertão do Rio Vermelho – Florianópolis SC

Conteúdo Programático:

  • Turismo de Aventura, conceitos, fundamentos técnicos e ambientais. – Educação Ambiental aliada ao Turismo de Aventura, Atividades de terra, água e ar
  • Diagnóstico do mercado (segundo ministério do turismo)
  • Normas do Turismo de Aventura e Certificação no Turismo de Aventura
  • Gerenciamento de risco em Turismo de Aventura
  • Work Shop, pratica em Gerenciamento de risco
  • Work Shop, prática atividades Terra (Vertical e Trekking), atividades água (Mergulho e Canoagem) e atividades ar (Parapente) abordando os critérios de segurança, equipamentos e técnicas
  • Ecoturismo e Esportes de Aventura uma visão da Costa Rica e da Nova Zelândia. (Projeto benchmarking do Ministério do Turismo

 

Roteiro programado:
Primeiro dia:

  • 10:00 – Chegada na Pousada/Camping, Acomodações e Montagem de Acampamento;
  • 13:00 – Inicio das atividades, (parte teórica) – Turismo de Aventura, Conceitos, Modalidades de terra, água e ar, Diagnóstico do mercado, principais fundamentos, Educação Ambiental aliada ao Turismo de Aventura.
  • 15:00 – Espaço tomar café, água ou chá;
  • 15:30 – Work Shop, prática Terra (Vertical e Trekking), Água (Mergulho e Canoagem) e Ar (Parapente) abordando os itens de segurança, equipamentos e técnicas;
  • 18:15 – Encerramento do dia: dinâmica e resumo do dia
  • 18:35 – Banho, preparativos para noite;
  • 19:30 – Jantar;
  • 20:30 – Apresentação DVD: Ecoturismo e Esportes de Aventura uma visão da Costa Rica e Nova Zelândia. (Projeto Benchmarking) – Gerenciamento de risco nos esportes de Aventura.

Segundo dia:

  • 08:00 – Despertar;
  • 08:30 – Café da manhã;
  • 09:30 – Dinâmica – Introdução das atividades do dia.
  • 10:00 – Sistema de Gestão de Segurança (teórica)
  • 12:00 – Almoço.
  • 13:30 – Dinâmica de alongamento e aquecimento;
  • 14:00 – Work Shop, prática Terra (Vertical e Trekking), Água (Mergulho e Canoagem) e Ar (Parapente) abordando os itens de segurança, equipamentos e técnicas;
  • 16:00 – Coffe break;
  • 17:30 – Encerramento do dia: dinâmica e resumo do dia
  • 18:00 – Banho, preparativos para noite;
  • 19:00 – Jantar;
  • 22:00 – Confraternização (LUAU);

Terceiro dia:

  • 07:00 – Despertar;
  • 07:30 – café da manhã;
  • 08:30 – Dinâmica de alongamento e aquecimento;
  • 09:00 – Desmontar acampamento;
  • 09:30 – Normas e Certificação em Turismo de Aventura;
  • 12:00 – Almoço de confraternização por adesão – Costa da Lagoa ou Pousada (Opcional).

O que Inclui: Todas as atividades citadas no roteiro, instrutores especializados em esportes de aventura, todos os equipamentos necessários para a realização das atividades, facilitador responsável, espaço com estrutura para acampamento, isolante térmico, 02 coffe-break, 01 almoço, 02 jantares (preparado pelos participantes), 02 cafés da manhã (frutas, bolos, biscoitos, pão, margarina, geléia, café, leite e suco).

O que não Inclui: Transporte, almoço de confraternização na costa da lagoa, barracas, saco de dormir.

O que Levar:

Para as atividades:
Roupa de banho, calça bermuda de material sintético (ideal) ou calça comprida que cubra os tornozelos (material sintético) e bermuda, camiseta com manga e comprimento abaixo da cintura, muda de roupa extra, anorak ou capa de chuva, filtro solar, cantil chapéu ou boné, agasalho de frio, papete (sandália presa aos pés) ou calçado apropriado para água (sapatilha), tênis ou botas para caminhar em trilhas (amaciados, usados), toalha,
Para Acampamento: Barraca, toalha, itens de higiene pessoal, lanterna, repelente, talheres para alimentação, prato, copo ou caneca.

Para dormir:
Saco de dormir ou dois cobertores, travesseiro. (serão fornecidos isolantes térmicos)

Número de participantes: máximo de 25 pessoas e mínimo de 10.

Condições de pagamento: Investimento por pessoa R$ 350,00 á vista ou 5 vezes de R$ 76,00 totalizando R$ 380,00.

Local: Pousada Pura Vida, Sertão do Rio Vermelho

Atenção: Os horários podem ser modificados sem aviso prévio, em função de modificações da organização ou motivos alheios a nossa vontade.

Facilitador Responsável: Sérgio José Machado
Formado em Ed. Física – UDESC;
Experiência de + de 10 anos com Esportes e Turismo de Aventura.
Formado pela Fundação O Boticário no curso de Planejamento e Manejo de áreas Naturais Protegidas;
Professor de vários cursos a nível de especialização em Esportes de Aventura pelas universidades: Udesc e Unisul.

Adrenailha Florianopolis Surf Rafting

Surf-rafting no Esporte Espetacular

Dani Monteiro, repórter de Rede Globo, fez uma matéria sobre o Surf-Rafting com a Adrenailha na semana passada.

O bote de surf-rafting foi desenvolvido pela Adrenailha, com o objetivo de praticar o já conhecido Rafting (descer corredeiras em rios) – nas ondas do mar.

Confira o vídeo da reportagem que vai ao ar neste final de semana no Esporte Espetacular e venha se aventurar nessa nova atividade oferecida que só a Adrenailha tem 🙂

Normatização e Certificação em Turismo de Aventura. O Brasil também tem!

Três anos e meio após o início deste Projeto, o Brasil já dispõe de um conjunto de normas técnicas para orientar as diversas atividades do turismo de aventura.

O projeto chega ao fim com resultados positivos para o setor, identificando os aspectos críticos da operação responsável e segura do turismo de aventura.

Resultados

Normas ABNT publicadas

Até a finalização do Projeto, foram publicadas 11 Normas Brasileiras pela ABNT. Outras duas foram publicadas posteriormente. As normas publicadas até hoje são:

  • ABNT NBR 15285 – Turismo de aventura – Condutores – Competências de pessoal
  • ABNT NBR 15286 – Turismo de aventura – Informações mínimas preliminares a clientes
  • ABNT NBR 15331 – Turismo de aventura – Sistema de gestão da segurança – Requisitos
  • ABNT NBR 15334 – Turismo de aventura – Sistema de gestão da segurança – Requisitos de competências para auditores
  • ABNT NBR 15370 – Turismo de aventura – Condutores de rafting – Competências de pessoal
  • ABNT NBR 15383 – Turismo de aventura – Condutores de turismo fora-de-estrada em veículos 4×4 ou bugues – Competências de pessoal
  • ABNT NBR 15397 – Turismo de aventura – Condutores de montanhismo e de escalada – Competências de pessoal
  • ABNT NBR 15398 – Turismo de aventura – Condutores de caminhada de longo curso – Competências de pessoal
  • ABNT NBR 15399 – Turismo de aventura – Condutores de espeleoturismo de aventura – Competências de pessoal
  • ABNT NBR 15400 – Turismo de aventura – Condutores de canionismo e cachoeirismo – Competências de pessoal
  • ABNT NBR 15453 – Turismo de aventura – Turismo fora-de-estrada em veículos 4×4 ou bugues – Requisitos para produto
  • ABNT NBR 15500 – Turismo de aventura – Terminologia
  • ABNT NBR 15509 – Cicloturismo – Parte 1: Requisitos para produto

Coletânea de documentos

Antes de iniciar o desenvolvimento das normas técnicas, foi necessário identificar as normas prioritárias a serem desenvolvidas que criariam o maior impacto na operação responsável e segura do turismo de aventura. Para isto, o Projeto realizou um amplo diagnóstico do setor, quando foram elaborados relatórios, pesquisas e documentos, traçando um panorama dos aspectos críticos da operação responsável e segura do turismo de aventura.

Essa Coletânea de documentos está disponível para consulta, e representa o maior acervo de informações técnicas já reunidas sobre o turismo de aventura no país.

Os relatórios diagnósticos que definiram o conjunto de normas técnicas foram elaborados em conjunto com as oficinas de trabalho realizadas com empresários do setor e representantes do Ministério do Turismo, do Inmetro, de associações esportivas, de universidades, dos trabalhadores e de ONGs, entre outros.

Instaladas Comissões de Estudo da ABNT

Foram instaladas 11 Comissões de Estudos e realizadas 131 reuniões pelo Subcomitê Turismo de Aventura durante o Projeto, com 1616 participantes presenciais, no âmbito da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT.

  • CE 54:003.01 – Turismo de aventura – Condutores – Competências de pessoal
  • CE 54:003.02 – Turismo de aventura – Sistema de gestão da segurança
  • CE 54:003.03 – Turismo de aventura – Informações mínimas a clientes
  • CE 54:003.04 – Terminologia – Turismo de aventura
  • CE 54:003.05 – Turismo de aventura – Turismo com atividades de montanhismo
  • CE 54:003.06 – Turismo de aventura – Turismo fora-de-estrada
  • CE 54:003.07 – Turismo de aventura – Turismo com atividades de rafting
  • CE 54:003.08 – Turismo de aventura – Espeleoturismo e turismo com atividades de canionismo
  • CE 54:003.09 – Turismo de aventura – Turismo com atividades com uso de técnicas verticais
  • CE 54:003.10 – Turismo de aventura – Cicloturismo, turismo com atividades de caminhada e cavalgada
  • CE 54:003.11 – Turismo de aventura – Turismo com atividades de arvorismo

Ainda, o Subcomitê Turismo de Aventura da ABNT instalou mais duas Comissões de Estudo que não fizeram parte deste Projeto:

  • CE 54:003.12 – Turismo de aventura – Turismo com atividades de bungee jump
  • CE 54:003.13 – Turismo de aventura – Turismo com atividades de mergulho

Palestras de divulgação

O projeto realizou 30 palestras de divulgação das ações em 14 estados brasileiros, além do Distrito Federal.

Manual de Grupos Voluntários de Busca e Salvamento (GVBS) de Turismo de Aventura

A partir da identificação, por parte do Ministério do Turismo, de que era necessário fortalecer a capacidade de resposta a emergências relacionadas ao turismo de aventura nos destinos onde esta atividade é relevante no país, foi desenvolvido o Manual de Criação e Organização de GVBS de Turismo de Aventura. A publicação, elaborada no âmbito do Projeto de Normalização, está em estreito alinhamento com o Sistema Nacional de Defesa Civil.

O Manual GVBS é um documento de orientação para apoiar grupos de voluntários e o poder público na organização e operação de equipes de busca e salvamento para atividades de turismo de aventura. Além de aspectos técnicos, aborda as principais dificuldades enfrentadas por esses grupos. São detalhadas questões ligadas à manutenção de um grupo de busca e salvamento, como a gestão financeira – incluindo a obtenção de recursos, a questão legal e a sensibilização da comunidade.

Consulta Nacional – ABNT

Dois projetos de norma em Consulta Nacional

A ABNT informa que dois projetos estão em Consulta Nacional, disponíveis para leitura e votação:

Turismo com atividades de caminhada – Parte 2: Classificação de percursos
Turismo equestre – Parte 1: Requisitos para produto

Os interessados podem avaliar os textos desenvolvidos no âmbito do Projeto de Normalização e Certificação em Turismo de Aventura, por meio do site da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

Qualquer pessoa pode ter acesso ao projeto de norma e votar, podendo aprovar ou desaprovar a norma, ou ainda sugerir mudanças em seu contexto. Em caso de não aprovação, o participante deverá apresentar uma justificativa técnica dos seus motivos.

Após a Consulta Nacional, a Comissão de Estudo responsável pelo desenvolvimento do projeto de norma avaliará os votos. A última etapa do processo é a publicação da norma pela ABNT, que passa então a ser referência para o setor.

Agenda das Comissões de Estudo

As Comissões de Estudo buscam envolver os interessados nas discussões de desenvolvimento das normas para o futuro da atividade do turismo de aventura. Elas são coordenadas pelo ABNT/CB54, o Comitê Brasileiro de Turismo, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). As reuniões são públicas e abertas à participação da sociedade.

Sua participação é fundamental, pois representa a oportunidade de fazer parte de uma atividade pioneira e essencial para o desenvolvimento do turismo de aventura no Brasil. Os participantes podem compartilhar conhecimentos e experiências e defender pontos de vista sobre os textos dos projetos de normas técnicas em elaboração e sobre textos de aprendizado, contribuindo para o desenvolvimento tecnológico do turismo de aventura.

Confira a data e o horário da reunião a ser realizada em outubro:

4ª Reunião/2007 (4ª reunião da CE) – CE Turismo com atividades de Mergulho (CE 54:003.13)

17 de outubro, das 9h às 12h30 e das 13h30 às 17h

Local: ABNT – Rua Minas Gerais, 190 – Higienópolis, São Paulo – SP.

Obs.: a exemplo das reuniões anteriores, esta reunião poderá se encerrar antes do horário final previsto.

Informações

Continuidade dos trabalhos das Comissões de Estudos da ABNT
Mesmo com a finalização do Projeto, as Comissões de Estudos do Subcomitê Turismo de Aventura continuam seus trabalhos no âmbito do Comitê Brasileiro de Turismo (CB54) da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT. Acesse www.abnt.org.br/cb54 para obter informações atualizadas de cada uma das Comissões de Estudo do Subcomitê Turismo de Aventura.

 

Agradecimentos

Parceiros institucionais do Projeto
O Ministério do Turismo e o Instituto de Hospitalidade agradecem o apoio e a irrestrita participação de diversas instituições e profissionais que atuaram no Projeto de Normalização em Turismo de Aventura. Agradecimentos especiais ao apoio institucional recebido do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial – INMETRO, da Associação Brasileira das Empresas de Turismo de Aventura – ABETA, da Associação Férias Vivas – AFV (ONG voltada à conscientização do turista para o turismo seguro e responsável), do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – Sebrae Nacional e da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT e os respectivos Coordenadores das Comissões de Estudo do Subcomitê Turismo de Aventura.

Criado o Parque Estadual do Rio Vermelho

O governador em exercício Leonel Pavan participou da solenidade de assinatura do decreto que repassa para a Fundação de Meio Ambiente (Fatma) o controle do parque florestal do Rio Vermelho, no norte da Ilha de Santa Catarina, transformado em Unidade Estadual de Conservação Ambiental. A área de 1,4 mil hectares era administrada pela Cidasc e pela Epagri desde o início da década de 60 e vai passar por uma fase de adequação à legislação ambiental para se transformar na 10ª Unidade Estadual de Conservação existente no Estado. O parque foi criado em 1962 pelo então governador Celso Ramos e abriga um pelotão da Polícia Militar Ambiental e áreas de Camping, além de extensa área de reflorestamento por árvores exóticas como Pinus Eliotti.

“Este vai ser um momento que vai ficar marcado na minha interinidade como um dos mais felizes que já tive”, afirmou Pavan, destacando que iniciativas positivas como esta deveriam receber o apoio e a atenção de toda a sociedade catarinense. De acordo com Pavan, que estará à frente do Executivo até domingo, quando o governador Luiz Henrique retorna de viagem à França, a assinatura do decreto é uma espécie de antecipação da Semana de Meio Ambiente, celebrada no início do mês de junho. O governador em exercício destacou que o decreto vai contribuir com a preservação ambiental em Florianópolis.

De acordo com Pavan, o Governo do Estado tem papel importante na tarefa de conciliar o desenvolvimento econômico e a preservação do meio ambiente. “Se projetos como esse não contarem com nossa abnegação a economia estará com os dias contados”, alertou, observando que a vocação turística da Capital vai ser valorizada pela iniciativa governamental. O governador em exercício lembrou que a Unidade de Conservação criada pelo Poder Executivo aontece em meio à polêmica do licenciamento ambiental na Capital. “É preciso que se olhe este exemplo como um passo positivo em direção ao planejamento do futuro da cidade. Hoje é um dia importante para o Governo e para o meio ambiente de Santa Catarina. Eu estou apaixonado por esta Ilha, cada vez que ando por aí, e eu não conhecia bem Florianópolis, eu fico apaixonado”, disse ele.

O presidente da Fundação de Meio Ambiente, Carlos Kreuz, assim como o governador em exercício, agradeceu o apoio dos técnicos da Cidasc e da Epagri na manutenção do parque florestal e adiantou que em breve iniciam as avaliações técnicas para enquadrá-lo dentro das exigências legais para unidades de conservação. Kreuz não tem ainda uma estudo definitivo, mas lembrou que há algum tempo a madeira de pinus existente no parque teria sido avaliada em torno de R$ 5 milhões. O presidente da Fatma adiantou que os recursos deverão ser utilizados na própria recuperação e manejo da Unidade de Conservação, que receberá trilhas ecológicas e outras benfeitorias para viabilizar sua utilização pela comunidade e como área para desenvolvimento de projetos de Educação Ambiental.

O secretário de Desenvolvimento Econômico e Sustentável, Jean Kuhlmann, também prestigiou a solenidade de assinatura do decreto, quando destacou a importância do papel do Estado no momento em que a sociedade tem consciência da preservação ambiental e que unidades de conservação como esta contribuem para fortalecer. “Nós do setor públio temos que nos preocupar com o setor produtivo, com o desenvolvimento da sociedade mas não podemos deixar de fazer isso com respeito, ética e propriedade. Atos como este demonstram que temos confiança no futuro”, ponderou o secretário.

(Fatma, 25/05/2007)

Surf Foto Daniel Flower

Surf é Meditação

MEDITAÇÃO

“Meditation is any technique that enables us to relax our body and our mind and to free our mind of unnecessary thoughts and brain activity” (1).

Ao contrário do que a maior parte das pessoas julga, meditar não implica necessariamente estar sentado ou deitado sem movimento físico. Na verdade podemos meditar a qualquer altura e instante quer seja a caminhar, comer, lavar os pratos, namorar, ou mesmo praticar um esporte.

O que é importante é que estejamos conscientes – sem vaguear por pensamentos – daquilo que estamos fazendo, estarmos 100% concentrados e fundidos com a ação. Nestes momentos a mente encontra-se em repouso do constante frenesi caótico de pensamentos e por isso são momentos de profunda calma e relaxamento que nos trazem uma enorme satisfação. São momentos de consciência em que estamos totalmente conscientes do momento sem nos distrairmos num supérfluo enredo de pensamentos.

Estes momentos proporcionam-nos paz, bem-estar, saúde, concentração, consciência, criatividade e crescimento pessoal. Meditar é viver o momento presente.

O SURF CONECTA-NOS COM O MOMENTO PRESENTE

Qual o surfista que ainda não se interrogou o que é que o liga tão intensamente ao surf? Que esporte, arte ou filosofia de vida é esta que faz com que cada vez que mergulhamos no oceano esqueçamos tudo, como uma purificação mental que a energia das ondas produz em nós? Uma ausência de tempo em que “limpamos” a mente e simplesmente vivemos o momento.

« (…) when we step on the beach we step into another dimension. The corollary of not going anywhere – except for a swim, surf, snorkel or a bit of a sail- is that we find ourselves suspended in the moment.
Immersed in the here and now, we experience what Kristeva calls “monumental time”, which is “all-embracing and infinite”. Surfer and writer Nick Carrol perfectly captures this experience when talking about what he calls the zen buddhist aspects of surfing.
“You throw yourself so heavily into the moment that you are actually inside everything that’s happening. You’re inside the wave, you’re inside the surfboard and what its doing. You’re inside all the landscape around you and the ocean as its surging. You get totally inside the moment and it’s so intense that time disappears”»2.

Talvez porque num mundo de consumo rápido em que se vive a “tirania do tempo”, onde sempre se tem de ir a algum lado, o surf permita um simples momento de desprendimento e despreocupação em que apenas estamos focados e concentrados numa coisa: aquilo que estamos a fazer. Se estamos tristes saímos da água alegres, se tensos ficamos relaxados, se preocupados esquecemos o problema. É como se uma sessão de surf nos conectásse com a natureza, com uma parte central de nós próprios. E no fundo a onda é uma forma de energia em movimento que o surfista conecta e flui.

O surf conecta-nos com o momento, o momento presente. Uma lucidez mental consciente e atenta, uma focada concentração requerida, e uma sincronia perfeita (“timing”) para simplesmente apanhar a onda, encontrar o seu ritmo. O surf alivia as tensões e ansiedades, alivia e cura as depressões e tristezas, traz consciência (atenção às circunstâncias, à realidade), felicidade, satisfação, bem-estar, alegria, paz de espírito, leveza física e mental e claridade.

Atualmente – sobretudo nos países desenvolvidos onde o surf tem mais tradição – desenvolve-se muito o lado competitivo e comercial do esporte, mas independentemente da forma como se encara ou do caminho que se escolhe, o surf é uma terapia. É como se na onda todos os elementos naturais e os sentidos humanos entrassem em harmonia numa ausência atemporal de personalidade, de um constante ego que se procura afirmar. Um momento em que o ser se rende humildemente à mãe-natureza, ao momento que o rodeia. Uma comunhão e aceitação tão procurada e ambicionada na esfera da espiritualidade, um modo de estar familiar à meditação.

O próprio ato de surfar condições extremas como quando o mar está gigante ou perto de bancadas rasas de corais exige um exímio grau de foco e concentração. Por vezes apenas escassos centímetros de água separam o surfista do afiado coral e uma queda pode inclusive ser fatal. Surfar uma onda como Teahupoo (Tahiti) ou Pipeline (Havaí), ou praticar tow-in em ondas gigantes, requer esse tipo de concentração em que se torna indispensável que o surfista “clarifique e limpe a mente” antes de entrar na água.

No fundo é um treino mental em que o surfista necessita de concentração, calma e claridade para enfrentar lucidamente as situações. É isto que permite o estado sublime de sermos UM com a onda, de sermos a própria onda – uma forma única e singular que se movimenta e propaga numa energia natural com o seu próprio ritmo e pulsação. Os americanos chamam a este estado – a diluição do ser na onda – “stoked”, os havaíanos “hopupu”, nós poderíamos dizer “êxtase”. Resume-se tudo ao momento presente. A uma fluida espontaneidade em que o ser/surfista se desprende e liberta dos seus medos e dança e flui com a onda numa comunhão do agora. Um momento em que o ser é fiel e autêntico a si próprio.

PEAK EXPERIENCES

Os momentos em que o ser se torna Uno com o que experiência – quando está completamente fundido com o que faz, com o instante – são denominados Peak Experiences 3.

A este estado chama-se “flow”. Quando estamos completamente conscientes, concentrados e focados, quando simplesmente perdemos a noção do tempo porque estamos totalmente envolvidos e absortos naquilo que estamos a fazer.

Como quando o surfista flui em uníssono com a onda e a surfa harmoniosamente sem pensar no quer fazer, ou quando entra no tubo numa mágica ausência temporal que parece uma eternidade. Surfar é meditar, mas o que acontece é que no caso do surf depende-se de determinadas circunstâncias para experienciar o momento.

Depende-se! Mas este estado único e primordial – inato mas não facilmente acessível – em qualquer ser humano é compreendido ou avistado quando simplesmente somos, quando simplesmente estamos. A meditação ensina-nos a estar bem pelo estar – sem necessidade de fazer algo para atingir bem-estar – a ser feliz sem depender de nada, a procurar a felicidade dentro de nós e não através de coisas externas.

Mas para o surf ser totalmente uma meditação é necessário que o surfista tenha essa consciência (“awareness”) e o encare como tal, senão será sempre uma terapia e, de certo modo e em certos momentos, uma meditação mas não na totalidade do seu potencial.

Por exemplo, se o surfista está 100% focado e concentrado na sua ambição pessoal (por exemplo, de ser campeão nacional), está a desenvolver concentração mas é-lhe impossível experienciar o agora senão por breves momentos porque orienta a sua prática em prol de um objetivo futuro. Se a sua meta e ambição o orientam para o futuro como pode verdadeiramente experienciar o agora?

De qualquer maneira experiência Peak Experiences em determinados momentos e estas trazem uma sensação de felicidade e satisfação revitalizante e ajudam a enfrentar o quotidiano. São uma espécie de injeção natural que ajuda o ser a suportar tudo aquilo que não lhe satisfaz na vida mas que é absoluta ou relativamente necessário. Como uma surfada semanal para aliviar o stress de um trabalho que não preenche nem satisfaz. Qual o surfista que não conhece a sensação de uma surfada revitalizante?

A ONDA DO MOMENTO

É mais fácil relaxar e descontrair a surfar do que em momentos de meditação em que ingloriamente queremos atingir algo. Porém, se verdadeiramente conseguirmos descontrair e simplesmente ESTAR sem depender de nada exterior, aí sim verdadeiramente estamos na liberdade do momento.

Há uma grande diferença entre surfar e ser mentalmente influenciado e dependente do modo como o surf correu e surfar e acolher e receber o surf independentemente de qualquer valor crítico de bom ou mal. Aceita-se o momento pelo que é sem qualquer expectativa de como se queria que fosse.

É um estado mental que vem de dentro e não de fora (embora na vida nada esteja separado mas antes interdependente e assim não há uma distinção categórica entre dentro ou fora). No Agora não existe uma distinção entre a ação e a consciência mas antes um fluir harmonioso. Não existe um desfasamento em que o pensamento se separa da ação como quando, por exemplo, remamos para uma onda, sentimos medo e tiramos o “bico da prancha” não apanhando assim a onda. No Agora a mente está 100% focada e a consciência está 100% alerta e atenta. Não há espaço para distrações, medos, ansiedades, dúvidas, preocupações ou pensamento autocentrado.

A própria atividade – neste caso surfar – torna-se um fim em si mesmo, isto é, não existe um objetivo a atingir num tempo futuro mas experiencia-se a atividade como um fim em si mesmo, no momento. Surfar por surfar, pelo instante que se vive. Com a meditação, a ação e a observação tornam-se unas.

“A feeling of flow, of losing all sense of time, of becoming one with what you are experiencing often brings about as deep feeling of relaxation, refreshment and sometimes even a sensation of deep consciousness”3.

O que acontece a maior parte das vezes é que vivemos em função de um determinado fim ou objetivo futuro que sonhamos atingir e julgamos ser condição necessária e fulcral para a nossa felicidade. O habitual pensamento de “seria muito mais feliz se conseguisse…”.

Assim constantemente perdemos o momento e esquecemos que a paz e a felicidade não são fins mas meios, não são metas mas caminhos. Por detrás de um fim ou meta há uma forte entidade que a ambiciona atingir, mas na espontaneidade do momento apenas existem as cores do momento, a beleza de tudo aquilo que nos rodeia. É a constante auto-estrada de pensamentos – sobretudo centrado na nossa pessoa – e o seu julgamento, recalcamento ou apego, que nos previne de simplesmente estar Aqui e Agora.

Como a mítica lenda havaiana, Gerry Lopez, afirma “You must purposefully empty yourself of all thoughts, images and consequently also fears. You are only busy with the moment. Thoughts create a separation between you and what you see. Then your view is not clear enough. You have to become one with your senses and that only happens when you are not thinking. When you are scared your tendency is to withdraw into yourself, you become nervous and you start to make mistakes. That is something that you can do without when you are riding a high wave. I think that if people succeed in focusing on other things in this way for instance their work or their relationships, they will be much more successful”4.

A nossa constante avaliação e julgamento de nós próprios e do mundo impede-nos de perceber a realidade tal e qual como é. Momentos raros como quando, por exemplo, ficamos absortos e extasiados perante um sublime pôr-do-sol em que simplesmente observamos e somos a incandescente bola laranja que mergulha na terra, na montanha ou no oceano, são momentos em que o pensamento se esvai e o nosso olhar dilui-se na paisagem. São momentos de claridade mental, de pura percepção, de verdadeira beleza.

O constante julgamento e crítica do mundo e de nós próprios povoa e obscurece a mente, impede a claridade e também nos impede de ver e sentir a beleza e perfeição de tudo aquilo que nos rodeia. Por isso é que as peak experiences são tão satisfatórias, porque nos permitem, por momentos, baixar as nossas “defesas”, esquecer a nossa imagem auto-criada de nós próprios e experimentar o momento nu através de uma percepção clara, isenta de julgamento. A chave está na aceitação da realidade tal e qual como é. Sem sonhos ou expectativas.

O surf potencia o momento e permite-nos de certo modo meditar. De facto aqueles escassos momentos em que simplesmente somos e fluímos com a onda trazem uma enorme sensação de felicidade e bem-estar, mas é uma sensação temporária.

Quando estamos chateados e surfamos para esquecer, para limpar a mente, no fundo estamos a suprimir ou recalcar momentaneamente os nossos sentimentos e emoções. O que queremos é relaxar e esquecer o mundo por momentos. Mas, na verdade, não estamos a ir ao cerne do problema, embora por vezes ajude muito. É como se cortássemos uma erva daninha em vez de arrancá-la pela raiz. Se deixamos a raiz ela vai eventualmente desabrochar novamente.

O mesmo acontece com tudo aquilo que a nossa mente recalca em vez de enfrentar e libertar. As emoções, sentimentos e pensamentos recalcados são armazenados como pedras pesadas no ser, obscurecem a mente e criam tensão. Muitos surfistas também surfam com um determinado objetivo em mente, quer ser melhor do que o amigo ou ser campeão nacional. Esta latente ambição é completamente contrária à essência da meditação, do agora. Meditar é estar bem por estar e não ter de fazer algo para nos sentirmos bem. Meditar é aceitar a realidade como é em vez de esperar que ela corresponda aos nossos sonhos e expectativas.

HARMONIA COM A NATUREZA

O simples ato de apanhar a onda requer um “timing” perfeito em que o surfista se harmoniza com o ritmo da natureza. É como se voltasse à sua origem, a um ritmo natural e não artificialmente imposto pela sociedade, à própria pulsação da onda. Aliás, para um principiante uma das maiores dificuldades é principalmente a de se ajustar e entrar no ritmo do oceano ao ponto de conseguir ter o timing e posicionamento correto para simplesmente apanhar a onda que, no fundo, é uma manifestação da natureza, uma forma de energia em estado líquido.

Este ato requer uma espécie de descentralização do ser para tenha sensibilidade para sentir a pulsação do oceano.
O tubo é considerado por muitos o momento mais mágico e harmonioso do ato de surfar. Quando o surfista humildemente se rende e entrega a um poder muito maior do que ele: o oceano, a natureza. Nestes escassos segundos o surfista vive totalmente o momento e talvez daí a sensação de que um tubo se sente numa ausência de tempo porque a mente não está no passado, nem no futuro, mas no Agora, o verdadeiro acronológico, atemporal.

“Anyone who has ever spent time in the ocean, on a surfboard, in pursuit of the utimate ride, has a basic understanding of zen principle. As it relates to surfing, the zen moment culminates in the ride, on the wave, where all natural elements and human senses fuse into a spontanious transformation of (no) consciousness, experienced in an absolute timeless moment. Surfing echoes the rhytms of nature: always there, continually reocurring, no two-slip seconds are ever the same”5.

É sobretudo no tubo – o momento mágico em que a onda encobre o surfista – que mais facilmente podemos observar como a onda e o surfista entram em uníssono e se tornam Um. Pode ser que nestes momentos o Ego – o EU que tão vincadamente procuramos afirmar ao mundo e sobretudo a nós próprios – desapareça e a mente assuma a sua verdadeira natureza de leveza, espaço e claridade.

O surf como meditação tem o potencial de diminuir a nossa atividade mental e potenciar os nossos sentidos e consciência; de diminuir a nossa arrogância e egocentrismo e mostrar-nos a nossa insignificância perante a magnificência da natureza; de nos tornar humildes e mostrar que na vida talvez a resposta não esteja no controle mas na aceitação das coisas como são.

O surf também nos ensina a adaptarmo-nos às circunstâncias e aceitarmos naturalmente a mudança, a transitoriedade da existência. Cada onda é diferente, o mar constantemente muda e o surfista adquire a maleabilidade de se adaptar à transitoriedade das condições. E se tiver consciência estabelece a conexão entre aquilo que aprende no oceano e o quotidiano da sua vida.

Tal como Jean-Etienne Poirer afirma, «When moving into the tube – the pipe-shaped tunnel that forms as the crest of the wave falls over the barrel – no external thought can break and distract the surfer without causing a fall, or at least a swerve. Extreme focus and concentration are especially important when there is a layer of coral beneath the wave»6.

Geshe Sonam Thargye, um monge budista tibetano que ensina e reside no Buddhist Drolka Center, em Geelong, Victoria, Austrália, apaixonou-se pelo surf e atualmente surfa regularmente com os amigos. «´´I really like surfing´It´s a form of meditation, a way of focussing and stopping the mind from thinking´´».

Como o próprio esclarece «We can´t entirely stop being busy but we can find calm in the middle of a busy chaotic world»7.
Como explicar a graciosidade e harmonia de um surfista como Gerry Lopez? Ou a comunhão e dança fluida de um Dave ´Rasta´ Rastovich? Ou mesmo a postura e tranquilidade de um Rob Machado? Há surfistas que simplesmente parecem estar conectados com algo maior.

A sua harmonia, enquadramento e envolvimento com o oceano é de tal modo que se torna difícil distinguir as linhas e curvas da onda das da forma do surfista. Há uma espécie de dança harmoniosa, de encontro e unificação entre duas formas de energia diferentes: o ser a natureza.

Há uma postura e uma entrega humilde do ser. Tal como Lopez sintetiza, «(…) to be truly successful at riding a wave we´re approaching a zen state of mind, and that´s why surfing… especially surfing well… is so satisfying. You´ve banished all those extraneous thoughts from your mind and you´re in the pure moment. Other parts of your life might be in shambles, but because you´re tapping into the source you´re truly happy»8.


1. «Meditação é qualquer técnica que nos permita relaxar o corpo e a mente e libertar a mente de actividade mental e pensamentos desnecessários», in http://www.abc-of-meditation.com/

2. « (…) quando chegamos à praia entramos noutra dimensão. O corolário de não ir a lado nenhum – excepto para nadar, surfar, snorkel ou navegar – é que nos encontramos suspensos no momento.
Imersos no aqui e agora, experienciamos o que Kristeva denomina “tempo monumental”, que é “infinito e engloba tudo”. O surfista e escritor Nick Carrol capta perfeitamente esta experiência quando fala do que ele chama os aspectos budistas Zen do surf.

“Entras de tal maneira no momento que estás mesmo dentro de tudo o que se está a passar. Estás dentro da onda, dentro da prancha e do que ela está a fazer. Estás dentro da paisagem que te rodeia e do movimento do oceano. Estás completamente no momento e isso é tão intenso que o tempo desaparece”» in Solace by the sea, 13 de Março 2004, THE AGE, http://www.theage.com.au/articles/2004/03/12/1078594555816.html?from=storyrhs&oneclick=true

3. «Uma sensação de fluidez, de perder toda a noção de tempo, de tornarmo-nos um com o que experienciamos traz muitas vezes um sentimento profundo de relaxamento, revitalidade e por vezes mesmo um sentimento de profunda consciência» in Meditation – Living in the Now, Peak Experiences and Flow, http://www.abc-of-meditation.com/

4. «Deves propositadamente esvaziar-te de todos os pensamentos, imagens e consequentemente também medos. Estás apenas ocupado com o momento. Os pensamentos criam a separação entre ti o que vês. Assim a tua visão não é suficientemente clara. Tens de tornar-te um com os teus sentidos e isso apenas acontece quando não estás a pensar. Quando estás assustado a tua tendência é refugiares-te em ti próprio, ficas nervoso e começas a fazer erros. Isso é algo que não precisas quando estás a surfar uma grande onda. Penso que se as pessoas conseguissem focar-se noutras coisas como, por exemplo, no seu trabalho ou nas suas relações, teriam muito mais sucesso » in Meditation – The Key to the Now, http://www.abc-of-meditation.com/

5. “Qualquer pessoa que tenha passado tempo no oceano, numa prancha, em busca da onda perfeita, possui uma compreensão básica da filosofia Zen. No que diz respeito ao surf, o momento Zen culmina na onda, onde todos os elementos e sentidos humanos se fundem numa transformação espontânea de (não) consciência, experienciada num momento absoluto atemporal. Surfar ecoa os ritmos da natureza: sempre lá, recendendo continuamente, dois segundos nunca são iguais”, in http://art.csuci.edu/zensurfing/

6. «Ao entrar no tubo – o túnel que forma quando a crista da onda cai sobre o tubo – nenhum pensamento externo pode surgir e distrair o surfista sem causar a queda ou pelo menos desequilíbrio. Exímio foco e concentração são especialmente importantes quando existe uma camada de corais debaixo da onda » in Spirituality & Health, The Hawaiians Call It Hopupu, by Jean-Etienne Poirier, May-June 2003 http://www.spiritualityhealth.com/newsh/items/article/item_5999.html

7. «”Eu gosto mesmo de surfar” afirma. “É uma forma de meditação, uma maneira de focar e parar a mente de pensar”». Como o próprio esclarece «Nós não conseguimos totalmente deixar de estar ocupados mas podemos encontrar tranquilidade no meio de um mundo caótico e ocupado» in Surfing monk brings a calm influence to our shores, The Canberra Times, May, 19, 2002 – http://www.cambodianview.com/news-meditation1.html#[07]

8. «(…) ao ser verdadeiramente bem sucedido a surfar uma onda aproximamo-nos de uma estado mental Zen, e é por isso que surfar… especialmente surfar bem… e tão satisfatório. Acabaste com todos aqueles pensamentos estranhos da mente e estás no puro momento. Outras partes da tua vida podem estar despedaçadas, mas porque vais à fonte estás realmente feliz » in SURFERMAG.COM
http://surfermag.com/magazine/archivedissues/intrvu_gerrlopez/

Natureza. Descubra que você faz parte dela

Desde a infância aprendemos lições sobre o meio ambiente e a preservação ambiental, mas é chegada a hora de nos mobilizarmos ativamente na busca de soluções para a humanidade. Muitos questionam, porquê meio ambiente? Acaso somos meros observadores e aproveitadores? Não, somos parte integrante do universo.

A natureza oferece o sustento, o homem deveria utilizar e devolver a ela sem destruir a sua essência.Este deveria ser o ciclo natural para o equilíbrio do ecossistema.A ecologia relaciona o homem á natureza e, não devemos analisar apenas o meio físico, e sim, levar em consideração a preservação dos valores humanos.

O equilíbrio ecológico é a fraternidade, a harmonia ,e a relação de causa-e-efeito unindo as diferentes formas de vida nos vários reinos da natureza. A ecologia se mostra em nossos relacionamentos e no cotidiano, em nossos pensamentos e emoções.Antes de olharmos para o ecossistema externo é preciso olharmos para o nosso conteúdo interior.

A vida do homem está se tornando cada vez mais complicada e vazia, causando uma série de prejuízos a tudo que o cerca , devido a sua ambição e desrespeito as leis ambientais. Nós influenciamos o ambiente e ele acaba nos afetando, no âmbito social, físico e psicológico.  Acuados, estamos nos aprisionando.

A crise de valores se reflete em episódios de violência. Aos poucos, vamos nos fechando para o mundo, desperdiçando a oportunidade de vivenciarmos os maravilhosos cenários que a natureza nos proporciona, as lindas praias e as montanhas com seu clima especial. Protegidos da violência, acabaremos “blindando” nossa mente, perdendo a capacidade de ousar nos esportes de aventura, deixaremos de ter uma maneira inteligente, interessante e produtiva de ser.

A humanidade esta com a energia adormecida.A maioria das pessoas não acredita no imenso potencial que tem. Precisamos dar um basta nos ídolos vazios, artistas sem obras, criação do mundo frívolo e da publicidade.

O conhecimento está ficando para trás, sendo as pessoas movidas apenas pela vontade de impressionar os outros pela aparência. O resultado disto é a irresponsabilidade , a decepção e a frustração, ocasionando a falta de auto estima, levando as drogas, a pedofilia e outros males. No jogo da vida o time da solidariedade necessita vencer o da agressividade.

Quem não se preocupa em preservar a natureza é porque tem medo de assumir o seu papel dentro dela. Por isto, tenta se justificar explorando os animais, poluindo os rios, contaminando os alimentos, danificando as matas,etc.A vida de cada pessoa tem consequências que se prolongam por muito tempo, e todos nós somos responsáveis pelo futuro das próximas gerações.

A crise ambiental tem mobilizado simultaneamente diversos segmentos da sociedade em busca de um entendimento das causas profundas e das reais dimensões do problema, assim como, de alternativas para a redução da degradação do meio ambiente e seus impactos na qualidade de vida.

As pessoas conscientes procuram um modelo capaz de absorver e considerar toda forma de relacionamento que possibilite o desenvolvimento sustentável.

Sendo assim,o documento Ciência & Tecnologia para o Desenvolvimento Sustentável( Consórcio CDS/UnB – Abipti –Brasília, 2000, pág.42), elaborado a pedido do Ministério do Meio Ambiente , é uma iniciativa que visa demonstrar estas dimensões, para que melhor possamos compreende-las :

  1. Sustentabilidade social: ancorada no principio da equidade na distribuição de renda e de bens, no principio da igualdade de direitos a dignidade humana e no principio de solidariedade dos laços sociais.
  2. Sustentabilidade ecológica: ancorada no principio da solidariedade com o planeta e suas riquezas e com a biosfera que o envolve.
  3. Sustentabilidade econômica: avaliada a partir da sustentabilidade social propiciada pela organização da vida material.
  4. Sustentabilidade Espacial: norteada pelo alcance de uma equanimidade nas relações inter-regionais e na distribuição populacional entre o rural/urbano e o urbano.
  5. Sustentabilidade político-institucional: que representa um pré-requisito para a continuidade de qualquer curso de ação a longo prazo.
  6. Sustentabilidade cultural: modulada pelo respeito à afirmação do local, do regional e do nacional, no contexto da padronização imposta pela globalização.

A partir do momento que o ser humano se conscientizar da importância de suas atitudes em prol do equilíbrio da natureza, estaremos construindo um mundo melhor em perfeita sinergia com o planeta.

Autoria: Vininha F. Carvalho
Contato: vininha@vininha.com

Visite: www.animalivre.com.br